Adolescentes: um estudo transversal comparativo entre ausência e presença de halitose com qualidade de vida
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Introdução: A adolescência é um período de desenvolvimento entre a infância e a vida adulta. A halitose pode interferir significativamente no pleno desenvolvimento desse jovem, mostrando o quanto é importante realizar estudos sobre esse assunto, principalmente sobre o impacto dessa condição na vida da população jovem. Objetivo: Comparar a ausência versus presença de halitose com qualidade de vida em adolescentes. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, observacional, transversal, composto por uma amostra aleatória realizada em escolas públicas do distrito de Parelheiros, São Paulo, Brasil. A amostra foi composta por 238 adolescentes com idade entre 15 e 19 anos. A avaliação foi realizada por meio de um questionário com perguntas sobre saúde, questionário de qualidade de vida OHIP-14 (Oral Health Impact Profile), exame clínico com avaliação do índice CPO-D (Dentes Cariados, Perdidos e Obturados) e IPV (Índice de Placa Visível) e também por um monitor de sulfetos para halitose BreathAlertTM. Os valores ≥2 foram considerados positivos para halitose. Resultados: Os resultados mostraram uma prevalência de 3,4% para halitose em adolescentes e uma tendência de impacto na sua qualidade de vida. Não foi encontrada relação entre halitose, nível econômico, IPV e CPO-D (na população avaliada. Conclusão: Embora a prevalência da halitose tenha sido baixa, foi possível observar que adolescentes com mau hálito tendem a ter pior qualidade de vida em relação à sua saúde bucal.
Downloads
Detalhes do artigo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob uma licença Creative Commons CC BY que permite o compartilhamento e adaptação do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Referências
Rösing CK, Loesche W. Halitosis: an overview of epidemiology, etiology and clinical management. Braz Oral Res. 2011;25(5):466-71. https://doi.org/10.1590/s1806-83242011000500015
Dal Rio ACC, Nicola EMD, Teixeira ARF. Halitose: proposta de um protocolo de avaliação. Rev Bras Otorrinolaringol. 2007;73(6):835-42. https://doi.org/10.1590/S0034-72992007000600015
Madhushankari GS, Yamunadevi A, Selvamani M, Kumar KPM, Basandi PS. Halitosis - An overview: Part-I - Classification, etiology, and pathophysiology of halitosis. J Pharm Bioallied Sci. 2015;7(Suppl 2):S339-43. https://doi.org/10.4103/0975-7406.163441
Romano F, Pigella E, Guzzi N, Manavella V, Campanelli L, Aimetti M. Etiology and characteristics of halitosis in patients of a halitosis center in Northern Italy. Minerva Stomatol. 2020;69(3):174-82. https://doi.org/10.23736/S0026-4970.19.04186-4
Migliario M, Rimondini L. Oral and non oral diseases and conditions associated with bad breath. Minerva Stomatol. 2011;60(3):105-15.
Scully C, Greenman J. Halitology (breath odour: etiopathogenesis and management). Oral Dis. 2012;18(4):333-45. https://doi.org/10.1111/j.1601-0825.2011.01890.x
Liu XN, Shinada K, Chen XC, Zhang BX, Yaegaki K, Kawaguchi Y. Oral malodor-related parameters in the Chinese general population. J Clin Periodontol. 2006;33(1):31-6. https://doi.org/10.1111/j.1600-051X.2005.00862.x
Akaji EA, Folaranmi N, Ashiwaju O. Halitosis: a review of the Literature on its prevalence, impact and control. Oral Health Prev Dent. 2014;12(4):297-304. https://doi.org/10.3290/j.ohpd.a33135
Nadanovsky P, Carvalho LB, Leon AP. Oral malodour and its association with age and sex in a general population in Brazil. Oral Dis. 2007;13(1):105-9. https://doi.org/10.1111/j.1601-0825.2006.01257.x
Ziaei N, Hosseinpour S, Nazari H, Rezaei M, Rezaei K. Halitosis and its associated factors among Kermanshah high school students (2015). Clin Cosmet Investig Dent.2019;11:327-38. https://doi.org/10.2147/CCIDE.S215869
Wozniak WT. The ADA guidelines on oral malodor products. Oral Dis. 2005;11(Suppl 1):7-9. https://doi.org/10.1111/j.1601-0825.2005.01080.x
Bosy A. Oral malodor: philosophical and practical aspects. J Can Dent Assoc. 1997;63(3):196-201.
Lopes MH, Rösing CK, Colussi PR, Muniz FW, Linden MS. Prevalence of self-reported halitosis and associated factors in adolescents from southern Brazil. Acta Odontol Latinoam. 2016;29(2):93-103.
World Health Organization (WHO). Health for the world’s adolescents: a second chance in the second decade. Geneva: WHO; 2014.
Littler N. Adolescent safeguarding: a review of the literature. Nurs Child Young People. 2019;31(5):30-5. https://doi.org/10.7748/ncyp.2019.e1177
Slade GD. Derivation and validation of a short-form oral health impact profile. Community Dent Oral Epidemiol. 1997;25(4):284-90. https://doi.org/10.1111/j.1600-0528.1997.tb00941.x
López R, Baelum V. Oral Health Impact of Periodontal Diseases in Adolescents. J Dent Res. 2007;86(11):1105-9. https://doi.org/10.1177/154405910708601116
Ferreira CA, Loureiro CA, Araújo VE. Propriedades psicométricas de indicador subjetivo aplicado em crianças. Rev Saude Publica. 2004;38(3):445-52. https://doi.org/10.1590/s0034-89102004000300016
Oliveira BH, Nadanovsky P. Psychometric properties of the Brazilian version of the Oral Health Impact Profile-short form. Community Dent Oral Epidemiol. 2005;33(4):307-14. https://doi.org/10.1111/j.1600-0528.2005.00225.x
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP). Critério de Classificação Econômica - ABEP 2018. Available from: http://www.abep.org/criterio-brasil.
Petersen PE; WHO Oral Health Programme. The World Oral Health Report 2003: continuous improvement of oral health in the 21st century -the approach of the WHO Global Oral Health Programme. Geneva: WHO; 2003.
Ainamo J, Bay I. Problems and proposals for recording gingivitis and plaque. Int Dent J. 1975;25(4):229-35.
Fundação Sistema Estadual de Análises de dados (SEADE). Perfil dos Municípios Paulistas. Available from: http://perfil.seade.gov.br/
Alasqah M, Khan S, Elqomsan MA,Gufran K, Kola Z, Hamza MOB. Assessment of halitosis using the organoleptic method and volatile sulfur compounds monitoring. J Dent Res Rev 2016;3(3):94-8. https://doi.org/10.4103/2348-2915.194833
Falcão DP, Miranda PC, Almeida TFG, Scalco MGS, Fregni F, Amorim RFB. Assessment of the accuracy of portable monitors for halitosis evaluation in subjects without malodor complaint. Are they reliable for clinical practice? J Appl Oral Sci 2017;25(5):559-65. https://doi.org/10.1590/1678-7757-2016-0305
Guedes CC. Halitose: prevalência, avaliação por diferentes métodos e associação com fatores etiológicos e bucais em crianças e adolescentes [dissertation]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 2018.
Guedes CC, Bussadori SK, Weber R, Motta LJ, Mota ACC, Amancio OMS. Halitosis: prevalence and association with oral etiological factors in children and adolescents. J Breath Res 2019;13(2):026002. https://doi.org/10.1088/1752-7163/aafc6f
Motta LJ, Bachiega JC, Guedes CC, Laranja LT, Bussadori SK. Association between halitosis and mouth breathing in children. Clinics (Sao Paulo). 2011;66(6):939-42. https://doi.org/10.1590/s1807-59322011000600003
Porter SR, Scully C. Oral malodour (halitosis). BMJ. 2006;333:632-5. https://doi.org/10.1136/bmj.38954.631968.AE
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal: resultados principais. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.
São Paulo. Secretaria Municipalda Saúde. Diretrizes para a Atenção em Saúde Bucal: Crescendo e Vivendo com Saúde Bucal. Available from: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/saudebucal/Diretrizes_Saude_Bucal.pdf.
Figueiredo VC, Szklo AS, Costa LC, Kuschnir MCC, Silva TLN, Bloch KV, et al. ERICA: smoking prevalence in Brazilian adolescents. Rev Saude Publica. 2016;50(Suppl 1):12s. https://doi.org/10.1590/S01518-8787.2016050006741
Brasil. Ministério da Educação (MEC). Programa Saúde nas Escolas. Available from: http://portal.mec.gov.br/expansao-da-rede-federal/194secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-223369541/14578-programa-saude-nas-escolas
Agresti A. Building and apllying logistic regression models. In: An introduction to categorical data analysis. 2nd edition. Hoboken: John Wiley & Sons, 2007;137-72. https://doi.org/10.1002/9780470114759.ch5
Pedruzzi P, Concato J, Kemper E, Holford TR, Feinstein AR. A simulation study of the number of events per variable in logistic regression analysis. J Clin Epidemiol. 1996;49(12):1373-9. https://doi.org/10.1016/s0895-4356(96)00236-3
Winkel AF, Yingling S, Jones AA, Nicholson J. Reflection as a Learning Tool in Graduate Medical Education: A Systematic Review. J Grad Med Educ. 2017;9(4):430-9. https://doi.org/10.4300/JGME-D-16-00500.1